sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Quando o SCH apareceu?

A necessidade de um novo modelo de seleção.
Durante as mudanças sócio econômicas na Alemanha houve uma maior demanda de cães de proteção trabalhando na cidade, neste dado momento a qualidade e versatilidade do cão pastor alemão foi colocada a prova, rapidamente ficou latente que o pastor alemão era a raça mais indicada em suprir essa necessidade com maestria.
Com a função de pastoreio passando para segundo plano, o pastor alemão começou a ser usado principalmente como cão de policia, logo a SV percebeu a necessidade de selecionar os cães que seriam usados na reprodução, dentro das necessidades impostas pela sua nova função, o programa de seleção de nome schutzhund foi baseado em esportes já existentes como ring.
A raça ficou reconhecida internacionalmente durante a guerra, aonde desempenhou inúmeras novas funções graças ao grande caráter, e isso não passou desapercebido pelos outros países, e a raça rapidamente se difundiu pelo mundo.

A disseminação do esporte.
As qualidades da raça quebraram qualquer barreira de preconceito impostas contra as coisas associadas a Alemanha no pós guerra.
O pastor alemão mostrou grande qualidade de caracter, e rapidamente ficou claro que a raça e o sch eram a mesma coisa, uma coisa não funciona sem a outra, oq fica claro aonde a raça não é selecionada e exigida por seu temperamento.
Depois da guerra e o sch se infiltrou em todos os países que criavam o pastor alemão de acordo com as regras da SV.
O sucesso do método de seleção foi tanto, que muitas outras raças começaram a optar pelo mesmo sistema, aos poucos o esporte não se tornou apenas um método de seleção d euma raça ou um clube de raça, sim um hobbie praticado por inúmeras pessoas que desejam fazer algo a mais com seus cães.

Rodrigo Didier

Afinal, o q é imprint????


Imprinting é um conceito que não é, nem um pouco, simples. Apesar de relativamente banalizado e muito citado por pessoas que trabalham com comportamento animal, nem sempre esse termo é bem interpretado e, raramente, é bem empregado. Desmistificá-lo será um desafio...

Esse termo foi cunhado por Konrad Lorenz, o chamado “pai da Etologia”, apesar dele mesmo não se reconhecer como tal. Na tradução de seu livro “Fundamentos da Etologia” esse termo foi traduzido como estampagem, apesar da palavra em inglês ser mais usada. Lorenz observou esse comportamento especialmente em aves, mas referiu-se a Freud e a outros pesquisadores que desenvolveram observação no mesmo campo referindo-se a mamíferos (e humanos).

Quando Lorenz descreve como são os processos de aprendizagem nos animais as divide em alguns tipos, que mais tarde poderão ser debatidos. Um dos grupos das formas de aprendizagem citados foi o que chamou de “Aprendizagem Associativa sem Efeito de Feedback Informando o Sucesso”. Ou seja, aprendizagem que depende de associação com estímulo externo que não precisa de resposta ou recompensa, tanto positiva quanto negativa. Nesse grupo ele cita fenômenos como habituação, trauma e imprinting.

Dessa forma já temos a primeira idéia do que é imprinting: aprendizagem que depende de associação, sim, mas não precisa de recompensa ou qualquer tipo de resposta. O exemplo clássico do imprinting e o primeiro descrito é o caso ganso que sai do ovo e reconhece como mãe o primeiro animal que vê. Esse animal será seguido por ele, independente de ser uma mãe ganso, um cisne, uma pessoa ou qualquer outro animal. Ele direciona todo seu comportamento de dependência à primeira face que viu. E mais interessante ainda: nessas aves o comportamento de côrte dos machos será direcionado a animal semelhante ao que ele considera o “padrão feminino da espécie”, buscará acasalamento com animal semelhante ao que considerou ser sua mãe. Se tudo estiver certo, estará cortejando uma fêmea adulta de ganso em idade reprodutiva, se o imprinting foi “errado”, direcionado a outra espécie, ele terá um comportamento estranho e nunca terá filhos nem transmitirá seus genes (sucesso reprodutivo).

Nem em todas as aves o imprinting ocorre assim e, muito menos, em todos os animais. Mas esse exemplo nos permite notar que há uma “necessidade”: busca da mãe, do cuidado parental. E há uma resposta associativa no ambiente: o animal que estava presente em seu nascimento. No momento em que essa “necessidade” encontra associação externa provável, ocorre o imprinting no cérebro do animal, e isso é irreversível. A “necessidade” que me refiro é a programação genética que há no DNA daquele animal, ele define que naquela idade e naquele momento há de ser buscada a seguinte resposta, essa resposta pode vir mal direcionada, mas se veio, não precisa ser positiva nem negativa, apenas ter sido associada. Em outras palavras, se um filhote de ganso reconhecer como mãe uma criança curiosa presente em seu nascimento, mesmo que a criança o chute, maltrate e reclame de ser seguida, ele vai continuar seguindo o quanto puder!

Mas como disse, nem todos os animais tem imprinting assim. Até as fêmeas de ganso reconhecem os machos independente do que foi estampado nelas como mãe. Isso varia de acordo com a genética. E aí começa o primeiro termo pouco compreendido relacionado a imprinting: ele é filogenético. Isso quer dizer que ele é completamente associado ao grupo e a espécie do animal em questão, cada espécie tem sua programação diferenciada.

O segundo termo mal interpretado é que o imprinting é “circunscrito a uma fase ontogeneticamente limitada” e tem muita gente que entende que isso significa que ocorre de a tantos a tantos meses no cão filhote e só ocorre nessa época para nunca mais. Ontogenia é o estudo das fases de desenvolvimento, e os seres vivos se desenvolvem até a senescência, ou seja, até a morte. O imprinting ocorre nos filhotes sim, mas também em adultos, ou em qualquer fase do desenvolvimento. Ocorre nas mães que reconhecem o chamado dos filhotes, por exemplo. Ele está limitado a fases do desenvolvimento, mas cada fase terá sua “programação” específica, e o grau de maturidade e desenvolvimento varia entre indivíduos.

O terceiro erro mais comum é achar que o imprinting pode ser direcionado. Não é possível determinar precisamente o momento em que o animal estará sendo estampado, assim como não é possível saber como interpretará e associara o estímulo. Apesar do imprinting ser irreversível e extremamente importante, só se pode favorecer o cão dando-lhe um desenvolvimento seguro e saudável, para que possa ter as melhores referências. Determinar o que será estampado artificialmente, não.

Luciana Fiuza

Generalização dos termos de comportamento

E comum alguns livros revistas e criadores generalizarem e florearem alguns fatores de comportamento visando uma melhor impressão das raças em questão, usam termos pseudo-técnicos, para justificar oq acontece na realidade.
Um olhar mais atento logo percebe que tentam generalizar as coisas sabe-se lá pq, pode ser propaganda, pode ser achismo, mas sempre o resultado é um só... confusão e desinformação.
Na pratica não é bem assim, pois primeiro o comportamento não pode ser generalizado, raça não é um rotulo de um produto, e sim um ideal a ser seguido.
E segundo existe o manejo que influencia muito as respostas comportamentais ao ambiente.

Vou dar alguns exemplos de coisas que costumo ler, e tentar explicar oq eu consigo ver.

Falam por exemplo...
Fiel e afetivo com os donos, desconfiado ou reservado com estranhos.
Que na verdade é...
Inseguro e não reage bem com quem não esta socializado, principalmente quando invadirem seu perímetro de segurança.
Ou são reativos ao interpretem mesmo que erroneamente um confronto de postura ou contato visual ou fisico.
As reações possíveis deste cão são agressão, evitação ou fuga.
E a reação vai depender de que tipo de genética, aprendizado, manejo e direcionamento.
O fato de aceitarem os membros da familia tem a ver com a socialização, só assim aceitam e apaziguam com pessoas no qual estão acostumadas e se sentem confortáveis.

Falam por exemplo...
Fiel e afetivo com os donos, e com ojeriza a estranhos.
Que na verdade é...
Inseguro e não reage bem com quem não esta socializado, principalmente no caso de invadirem seu perímetro de segurança, e mesmo que sem querer interpretem mal um confronto postura ou contato visual. As reações possíveis deste cão são agressão, evitação ou fuga, e a reação vai depender de que tipo de genética, aprendizado, manejo e direcionamento.
A ojeriza é derivada de total instabilidade emocional a ponto gerar total descontrole e agressão, podendo se reverter mesmo as pessoas no qual se relaciona, por por exemplo redirecionamento de agressão.

Falam por exemplo...
"Cão de um dono só”.
Que na verdade é...
E agressivo e não reage bem com qualquer uma que não estabeleça uma liderança forte, ou de certa forma aceite o desafio e mostre o lugar correto para o cão, pode ser reativo caso de invadam seu perímetro de segurança, ou mesmo que sem querer alguém cause um confronto postural ou contato visual.
As reações possíveis deste cão dependendo do aprendizado ambiental geralmente são a agressão, porem aceitam e apaziguam com pessoas no qual estão socializados e se sentem confortáveis. Aceitam o manejo de alguém que imponha ou condicione muito bem a liderança, e aceitam até certo ponto o convívio de pessoas que resolvem apaziguar e não geram nenhum confronto, o problema é: Quando e como era irá interpretar que essas pessoas geram confronto ou não...


Falam por exemplo...
Otimos com seres humanos, Agressivos com outros cães e animais.
Que na verdade é...
São seguros e se socializam facilmente, possuem boa estabilidade nervosa e não respondem agressivamente a quaisquer estímulos estressantes, porém possuem agressão social quando desafiados por posturas, e isso independe de ser um ser humanos ou um animal. A única diferença é o motivo no qual a agressão é gerada.

Falam por exemplo...
Altivo, orgulhoso, independente, auto-suficiente podendo agredir se “mal tratado”.
Que na verdade é...
Indisponível para com o dono, indiferente a relacionamentos de matilha, e com dificuldade de interação, e para ser adestrado, por ser reativo a não aceitar ser submetido.

Falam por exemplo...
Instinto de guarda natural
Que na verdade é...
Possui insegurança, e alta agressão, a ponto de agredir todos que invadem seu perímetro e não esteja socializado. É geralmente uma agressão deflagrada a esmo, apresentada e reforçada sem direcionamento correto, portanto a falta de treinamento, pode resultar em reações adversas como fuga ou avoidance.

Falam por exemplo...
Afetivo Inteligente, tranqüilo e leal protetor
Que na verdade é...
Um cão linkado, disponível, seguro, nervos estáveis que permitem aprendizado em situações de stress, possui agressão caso exigida, permitindo o trabalho sob obediência em, situações controladas.

Se formos levar em consideração o ideal de seleção de algumas raças, podemos levar em consideração, que onde querem um cão que ataca e odeia estranhos, estão selecionando na sua carga genética uma propensão a instabilidade nervosa, insegurança que solucionada por meio de agressão.
E pior alguns ainda por cima vendem a idéia de que cães não precisam ser controlados em um contato social, e que isso é a melhor coisa do mundo.
Pois na maioria são cães que reagem ao juiz e estranhos correto? mesmo na mão do dono.
Supondo que o juiz é uma pessoa que não oferece risco nenhum, em que essas pessoas se baseiam? qual o motivo do descontrole? das duas uma ou o cão tem problemas de temperamento ou é desejado que o cão seja mal educado.
A pergunta que não pode calar é será que os cães que não apresentam essa falta de controle realmente não teriam condições de fazer guarda? felizmente não é isso que eu vejo.
E Será que isso é o ideal para padronizar qualquer raça?
E um fator a se pensar...

Rodrigo Didier

terça-feira, 30 de junho de 2009

Cão é a cara do dono?

Indiferente das raças ou dos mitos que acercam a cinofilia.
Oq determina o caracter do cão não é o tipo de comportamento que o dono apresenta em relação ao mundo, e sim a capacidade do dono direcionar as qualidades e fraquezas no caráter do cão.
Um cão nunca vai ser a cara do dono, já que o comportamento dos cães é um balanço entre genética e ambiente.
Na verdade, existem cães para determinados tipos de pessoas, que nunca serviriam para outros tipos, e isso independe da raça, da idade e do manejo.
A apesar de existirem alguns donos capazes de manipular o ambiente, e felizes coincidências que permitem uma boa relação, aonde o caracter do cão combinar com o caracter do dono, O contrario também ocorre com muita freqüência, e muitos problemas aparecem, e os opostos entram em choque, principalmente quando não foi feita uma boa escolha, como a de um cão, um que se enquadre no perfil.
E é comum o proprietário terminar tendo desgaste emocional e financeiro por adquirir um cão mal escolhido e mal direcionado.
Oq fazer para evitar?
Caso não queiram escrever best selers como Marley e eu, é importante se informar sobre a raça ou linhagem, e tbm existem testes e técnicas para escolha, é importante ser frio nessa hora, uma boa escolha pode determinar o siucesso de uma relação de pelo menos 10 anos.
Um bom adestrador pode prestar consultoria e colaborar muito nessa hora.

Rodrigo Didier

domingo, 14 de junho de 2009

Pisão e Cela do prismanlú seção b IPO Sch

Este fim de semana estive treinando na serra.

Filmei a ob muito legal do membro de nossa equipe Ricardo Pisão.
Com sua cadela Cela do Prismanlú.

A dupla tem apresentado grandes resultados em poucos treinos.
Graças a qualidade do treinador e da cadela.

É a criatura superando o criador rssss... ainda vou ter uma ob desta!!!!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

cães e gatos


Na minha opinião as desavenças entre cães e gatos são oriundas de agressão postural ou testes sociais.
Ambas as posturas podem passar informações que muitas vzs geram resultados nada agradáveis, pois poderão ser interpretadas de maneira errónea pela outra especie.
A postura do gato geralmente lembra um cão armado pronto para um teste social, postura tipica de desafio, armadão rabo levantado, movimentos mais lentos, o cão geralmente instintivamente responde armando e indo dar o confere químico(cheirar o anus do gato).
Essa aproximação resulta em reações e posturas defensivas como acoar e agredir, ou entrar em fuga ou caça, essas posturas que vão ser mal interpretadas por parte do cão, o gato ao contrario de seguir todo cerimonial no qual o cão esta acostumado, aproximação cheirar anus para captar as informações químicas, para depois decidir se vai brincar, tentar submeter, lutar.
Quando o gato opta pela fuga entrando em estado de presa que reforça ainda mais o estado de emoção e agressão do cão, e caracteriza aquele animal como presa em potencial
Quando o gato apresenta uma postura acoada, dificulta o entendimento do cão, e esse e geralmente opta por cheirar para pegar mais informações, nessa hora a reação do gato é agredir para se defender, desencadeando tbm a agressão ou fuga por parte do cão.
A comunicação inter especies dificulta o entendimento,s duas posturas geralmente não comunicam o tipo de aproach ou interação social no qual o cão ou o gato estão acostumados
E o fato de um ou outro nunca apresentar uma postura no qual estão preparados atavicamente a reconhecer,, geralmente esses encontros resultam reforçam o aprendizado em em estado de agressão.
Portanto é sempre bom criar a relação dos dois sob observação, já que muitas vzs a primeira impressão é que fica... permitir o contato social evitando as posturas no qual possam deflagrar algo incontrolavel, e isso vale tb para o primeiro encontro do cão com as indiferentes espécies.

Rodrigo Didier

terça-feira, 9 de junho de 2009

Achado gene que facilitaria domesticação de animais

Existe um gene da domesticação e da docilidade. Pelo menos em alguns animais, garantem pesquisadores. Associar genética a comportamento é tema altamente polêmico, mas um estudo de cientistas de Suécia, Rússia e Alemanha afirma que certas variações nos genes podem ser associadas a um comportamento mais dócil e à facilidade de contato com seres humanos. Numa pesquisa publicada na revista especializada “Genetics”, eles afirmam ter identificados regiões no DNA ligadas à domesticação, e outras, ao comportamento agressivo com seres humanos. O estudo foi realizado com ratos, mas os pesquisadores dizem que a descoberta seria válida para outras espécies de mamíferos, como vacas e cavalos. E poderia ser útil para selecionar animais para a domesticação. A descoberta explica por que certas espécies são domesticáveis, como os lobos, e outras permanecem selvagens, como os leões.Explicaria por que a vaca é doméstica, e o búfalo africano, não. Ofereceria uma explicação, inclusive, sobre por que alguns cavalos selvagens permanecem chucros. Frank Albert, do Instituto Max Planck na Alemanha, diz esperar que o estudo aumente a compreensão sobre a biologia da domesticação. As variantes ligadas à domesticação, segundo a “Genetics”, teriam sido selecionadas por milhares de anos, através do contato dos primeiros seres humanos com animais

Fonte O Globo

Será que encontraram o gene que diferencia um cão dominante de um cão não dominante?
Sabemos a muito atravéz de seleção que existem fatores geneticos que determinam padrões de comportamento, e procuramos direcionar corretamente isso, agora descobrir o gene e provar o ponto! reforça muito mais que estavamos no caminho certo.
Porem este gene estar associado a domesticação, e relacionar isso a agressão não me faz muito sentido, acho que deve ter mais a ver com socialidade ou disponibilidade, pq muitos cães domesticados apresentam agressão e permitem o convivio...

A algum tempo li tbm que existe uma enzima a DeltaFozB que influencia nas respostas nervosas dos animais, provavelmente esta enzima é que diferencia a resistencia a pressão psicologica imposta pelo meio, coisa que tbm é selecionada pelo sch.

Rodrigo Didier